
Marquesa de Alorna
Vida
Leonor de Almeida Portugal nasceu em Lisboa em 31 de Outubro de 1750 e morreu em 11 de Outubro de 1839 em Benfica.
Foi reclusa em Chelas de 1758 a 1777.
Foi reclusa em Chelas de 1758 a 1777.
Esteve no exílio de 1803 a 1814. Teve uma infância atribulada, pois aos 8 anos foi encerrada como prisioneira com a mãe e a irmã no convento de São Félix em Chelas.
O seu pai foi preso acusado de participar no atentado ao rei D. José, Leonor, de oito anos. Em Chelas passou a primeira parte da vida, com a mãe e a irmã, entregando-se ao estudo das obras de Rousseau, Voltaire, Montesquieu, Pierre Bayle e até a Enciclopédia de D'Alembert e Diderot, à composição de poesias que alcançaram grande fama e que figuraram nas suas obras completas com o titulo de Poesias de Chelas. Estavam em voga os chamados outeiros pela corte, e principalmente pelos conventos, e além dos sócios da Arcádia, havia bons poetas, entre os quais se distinguia Francisco Manuel do Nascimento, com o nome Filinto Elísio. Este poeta, com alguns amigos, começou a ir ao convento de Chelas, recitando versos, pedindo motes às freiras, esperando encontrar D. Leonor de Almeida e ouvi-la na grade. Com efeito a jovem apareceu, brilhou e confundiu os admiradores do seu talento.
Casou com o Conde de Oeynhausen e viajou por Viena, Berlim e Londres. Chegando a Viena, ganhou as simpatias da imperatriz Maria Teresa e do seu sucessor, D. José II, que a nomeou Dama da Cruz Estrelada. Quando o Papa Pio VI foi visitar o imperador, também teve a honra de ser recebida pelo papa.
Tornou-se notável em Viena como poetisa e pintora.
O seu pai foi preso acusado de participar no atentado ao rei D. José, Leonor, de oito anos. Em Chelas passou a primeira parte da vida, com a mãe e a irmã, entregando-se ao estudo das obras de Rousseau, Voltaire, Montesquieu, Pierre Bayle e até a Enciclopédia de D'Alembert e Diderot, à composição de poesias que alcançaram grande fama e que figuraram nas suas obras completas com o titulo de Poesias de Chelas. Estavam em voga os chamados outeiros pela corte, e principalmente pelos conventos, e além dos sócios da Arcádia, havia bons poetas, entre os quais se distinguia Francisco Manuel do Nascimento, com o nome Filinto Elísio. Este poeta, com alguns amigos, começou a ir ao convento de Chelas, recitando versos, pedindo motes às freiras, esperando encontrar D. Leonor de Almeida e ouvi-la na grade. Com efeito a jovem apareceu, brilhou e confundiu os admiradores do seu talento.
Casou com o Conde de Oeynhausen e viajou por Viena, Berlim e Londres. Chegando a Viena, ganhou as simpatias da imperatriz Maria Teresa e do seu sucessor, D. José II, que a nomeou Dama da Cruz Estrelada. Quando o Papa Pio VI foi visitar o imperador, também teve a honra de ser recebida pelo papa.
Tornou-se notável em Viena como poetisa e pintora.
Mandou para Lisboa, ao pai, o quadro da Soledade; o quadro Amor conjugal oferecido à princesa D. Maria Benedita, ardeu no incêndio do paço de Ajuda. Pintou outros, seu retrato e uma copia da Sybilla de Guido Reni. A maior parte, hoje perdidos. Sua saúde não se deu bem com o clima da Áustria; como os negócios de sua casa reclamavam a sua presença, Oeynhausen voltou para Lisboa, sendo nomeado inspector-geral da infantaria com o posto de tenente-general.
Enviuvou aos 43 anos de idade, vivendo com algumas dificuldades económicas, dificuldades estas que não a impediram de se dedicar à literatura. D. Leonor retirou-se com os filhos para suas propriedades de Almeirim, e outras em Almada. Entregou-se à educação dos filhos, estimada pelos benefícios que dispensava aos pobres, em Almeirim, pagava a uma mestra para ensinar as raparigas da vila e das povoações vizinhas a ler, escrever, coser. Foi nomeada dama de honor da rainha D. Carlota Joaquina e encarregada de elaborar os desenhos para a decoração do paço da Ajuda, o que não executou.
Voltou em 1809, sua situação tornava-se critica: o irmão, D. Pedro, partira para a França no comando da Legião Portuguesa, e apesar de ter mandado seu filho para o Rio de Janeiro, os governadores do reino a intimaram para partir. Ao fim de dez anos conseguiu a reabilitação da memória do irmão, condenado como traidor à pátria, passou a usar do título de 4ª Marquesa de Alorna, e 6ª condessa de Assumar, como herdeira do irmão.
Os títulos de 6.ª condessa de Assumar e 4.ª marquesa de Alorna foram renovados por decreto de 26 de Outubro de 1833. Súbita respeitosa e obediente aos soberanos, era pouco afeiçoada à medicina, tendo por inúteis os remédios em sua idade, a filha D. Henriqueta lembrou-se de lhe falar em nome da rainha, para que tomasse os remédios que os médicos receitassem.
É considerada uma poetisa pré-romântica. As suas obras foram publicadas em 1844 em seis volumes com o título genérico de Obras Poéticas.
Enviuvou aos 43 anos de idade, vivendo com algumas dificuldades económicas, dificuldades estas que não a impediram de se dedicar à literatura. D. Leonor retirou-se com os filhos para suas propriedades de Almeirim, e outras em Almada. Entregou-se à educação dos filhos, estimada pelos benefícios que dispensava aos pobres, em Almeirim, pagava a uma mestra para ensinar as raparigas da vila e das povoações vizinhas a ler, escrever, coser. Foi nomeada dama de honor da rainha D. Carlota Joaquina e encarregada de elaborar os desenhos para a decoração do paço da Ajuda, o que não executou.
Voltou em 1809, sua situação tornava-se critica: o irmão, D. Pedro, partira para a França no comando da Legião Portuguesa, e apesar de ter mandado seu filho para o Rio de Janeiro, os governadores do reino a intimaram para partir. Ao fim de dez anos conseguiu a reabilitação da memória do irmão, condenado como traidor à pátria, passou a usar do título de 4ª Marquesa de Alorna, e 6ª condessa de Assumar, como herdeira do irmão.
Os títulos de 6.ª condessa de Assumar e 4.ª marquesa de Alorna foram renovados por decreto de 26 de Outubro de 1833. Súbita respeitosa e obediente aos soberanos, era pouco afeiçoada à medicina, tendo por inúteis os remédios em sua idade, a filha D. Henriqueta lembrou-se de lhe falar em nome da rainha, para que tomasse os remédios que os médicos receitassem.
É considerada uma poetisa pré-romântica. As suas obras foram publicadas em 1844 em seis volumes com o título genérico de Obras Poéticas.
Obra
As obras da Marquesa de Alorna publicadas depois da sua morte são:
«Obras poéticas de D. Leonor d'Almeida, etc., conhecida entre os poetas portugueses pelo nome de Alcippe». Lisboa, 1844, com o retrato da autora. Seis volumes: Tomo I, II, III, IV, V e VI.
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